sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cochonilhas

. . Conhecida pragas das plantas ornamentais, a cochonilha pode-se apresentar em formas que nem lembram insetos. Controlar o seu ataque significa salvar as plantas vitimadas.
A planta está definhando e não há sinal de doenças ou pragas. Apenas algumas casquinhas aderidas e há muito tempo imóveis, tentando disfarçar sua presença. Estes seres vivos menos suspeitos é que, na verdade, são os responsáveis pelo problema da planta. Pertencem à Classe dos insetos, são chamados de cochonilhas e dentro da classe são classificados como Homopteras, tendo como parentes próximas as cigarrinhas, as cigarras e os pulgões.
São sugadores implacáveis, roubam seiva o tempo todo da planta atacada e são bastante diversificados, pois há mais de 32.000 espécies de Homopteras já descritas.
Variações nas formas e cores
Em razão da presença de glândulas que produzem secreção cérea (de apsecto pulvurento) ou que lembra seda e placas, as cochonilhas possuem foremas que nem lembram semelhança com insetos.
Há cochonilhas de placas (Orthezia, Icerya e Saisseta) que atacam flores e folhagens, outras lembram um minúsculo mexilhão ou uma cabeça de prego (as cochonilhas Chrysomphalus que atacam roseiras)
Ainda existem algumas que quando atacam dão a impressão que a planta ficou caida (como por exemplo, o ataque de Aulacaspis rosae)
No entanto, nem todas são pragas. Há cochonilhas que em razão da produção de substâncias do tipo "laca" fornecem corantes ou vernizes, há algumas que fornecem substâncias medicinais e outros materiais.
Desconfiando do ataque de cochonilhas
Árvore que chora não é milagre e pode ser ataque de cochonilhas, pulgões, cigarras e cigarrinhas. Como estes insetos sugam continuamente a planta, o "choro" pode ser demorado.
Folha amarelecendo e com "casquinhas" grudadas é quase sinal certo de ataque de cochonilhas. A presença de formiga louca por substância adocicada pode ser resultado da presença destes sugadores e a formação de um "pozinho escuro", denominado fumagina, também é indicação de ataque dos sugadores.

Controlando-as
Inimigos Naturais: As joaninhas são predadoras de cochonilhas e de outros Homopteras como os pulgões. Elas deveriam ser consideradas como "animais sagrados" nas plantações.
Controle Químico: Nas lojas de produtos agropecuários, o engenheiro agrônomo pode indicar o produto recomendado.
Controle Natural: Óleo Mineral com sabão:
· Óleo mineral leve... 4 litros;
· Sabão....500 gramas;
· Água.... 2 litros
Cortar o sabão em pedaços e dissolver na água quente. Adicione o óleo mineral aos poucos, até a total homogenização. Aplique na forma de pulverização, dissolvendo o produto em 100 litros de água.

Marcos Roberto Furlan. Revista Tempo Verde, ano XX, Nº 150.fev-Março/97. Pág. 15.
Transcrevo abaixo informações sobre cochonilhas. O trecho foi
Extraído da Revista Orquidário Volume 9, Número 3, de julho a setembro de 1995.
"HOMOPTERA"
Esta ordem compreende as cigarras, os pulgões e as cochonilhas,
portanto espécies de grande e de pequeno porte. Apresentam dois
pares de asas semelhantes, membranosas, que, em repouso, não se
cruzam. Desenvolvem-se por paurometabolia, sendo comum a
partenogênese. São insetos terrestres que sugam a seiva das plantas, não só na parte aérea como nas raízes. Há casos de completo dimorfismo sexual, onde o macho possui aspecto distinto da fêmea, como por exemplo nas cochonilhas, sendo que os mesmos são alados e com vida livre, embora efêmera. Os Homópteros possuem aparelho bucal do tipo picador-sugador.
Os pulgões, que têm uma grande capacidade de reprodução, são
sempre pequenos, alados ou ápteros, de colorido amarelo, negro,
pardo ou verde. Como esses insetos sugam uma quantidade de
seiva superior ao que conseguem metabolizar, o excesso é
"derramado" sobre a superfície da parte atacada da planta, atraindo
formigas; se o órgão atacado é de coloração verde, poderá ocorrer
a formação de um fungo conhecido como "fumagina", cujo micélio
confere ao órgão um aspecto escuro.
Nas orquídeas, encontramos o pulgão amarelo ("Macrosiphum luteum") e o pulgão preto ("Aphis sp."), que atacam brotos novos e as inflorescências, prejudicando-os seriamente, inclusive causando
deformações. Ainda entre os pulgões, existe o chamado "pulgão das
orquídeas"("Cerataphis lataniae" Boisd.), geralmente confundido
com cochonilha, sendo bastante comum no estado de São Paulo.
As cochonilhas sugam a seiva tanto na parte aérea quanto na
subterrânea, provocando danos se não combatidas no início da infestação. Entre elas, várias espécies parasitam as orquídeas, sendo de destaque: "Diaspis boisduvalli"(Sign.), "Parlatoria proteus" (Curtiss), "Chrysomphalus ficus"(Ashmead), "Asterolecanium epidendri"(Bouché) e "Conchaspis baiensis" (Lepage).
É importante lembrar que em função do tipo de aparelho bucal dos
insetos desta Ordem, os mesmos constituem-se em importantes
"vetores" de viroses.

Controle
O controle químico de cochonilhas e/ou pulgões pode ser realizado
utilizando-se inseticidas sistêmicos (acephate, demeton-S-metil,
dimethoate, formothion, monocrotophos, thiometon) ou de contato
(cipermetrina, malathion, óleo mineral, pirimicarb), sendo os
sistêmicos tóxicos ou medianamente tóxicos durante a manipulação.

Noé Cheung

Retirado de: http://www.orkideas.com.br




foto: http://bworquideas.blogspot.com
Cochonilha Branca




foto: http://www.orquidariocuiaba.com.br




RECEITAS CASEIRAS:


Calda de Fumo:

* 50 gramas de fumo em pó
* 1 litro de água

Pique o fumo em pedaços bem miúdos e coloque em uma panela juntamente com a água. Ferva esta mistura por 25 minutos, acrescente a Solução Adesiva, mexa bem, tampe a panela e espere esfriar. Coe e pulverize sobre as plantas no mesmo dia, pois o princípio ativo é muito volátil. Utilize luvas e máscara ao trabalhar com o fumo, pois ele é tóxico. Se preferir, há produtos disponíveis já prontos, práticos e igualmente eficientes como o Fumo Líquido. Ao aplicar sobre frutas e verduras, respeite um período de 10 dias de carência antes da colheita e lave-os muito bem antes de consumir. Indicada contra insetos e ácaros, como cochonilhas, pulgões, lagartas, etc.

Calda Bordalesa:

* 30 gramas de sulfato de cobre (3 colheres de sopa)
* 30 gramas de cal virgem (3 colheres de sopa)
* 5 litros de água
* 1 balde de plástico
* 1 panela
* 1 pano de algodão
* 1 arame

Pulverize bem o sulfato de cobre e coloque o no pano, como um sachê. Amarre bem o pano com o arame e pendure o sachê dentro do balde de plástico com 8 litros de água, de forma que ele não toque o fundo do recipiente, reserve. Faça o leite de cal, colocando cal virgem na panela e acrescentando lentamente 2 litros de água, mexendo até a completa dissolução. Esta mistura esquenta muito e pode queimar. Aguarde 24 horas para misturar as soluções. No lugar da cal virgem você poderá utilizar a cal hidratada para fazer o leite de cal, por ser mais prática e menos perigosa.

Verifique o pH da calda, mergulhando uma lâmina de ferro na solução. Se ela enferrujar na superfície em poucos minutos a solução está muito ácida e devemos acrescentar mais leite de cal. Teste a calda até que o pH esteja neutro e ela não enferruje mais a lâmina. Aplique a calda bordalesa no mesmo dia, sem diluir.

Para quem tem dificuldade em encontrar sulfato de cobre em agropecuárias ou lojas de produtos quimícios, principalmente em pequenas quantidades, já encontra o sulfato de cobre em quantidade ideal para preparar a calda. É o produto Cupro da Dimy, disponível nas boas casas do ramo. Apesar de a embalagem recomendar o uso do produto puro, diluído, ele também deve ser neutralizado com cal, para não provocar fitotoxicidade nas plantas.

Utilize sempre equipamentos de proteção individual ao fazer e aplicar as caldas descritas. Não aplique em dias chuvosos, nem sob sol muito quente. Evite aplicar os produtos durante as florações, pois eles podem prejudicar seriamente a frutificação.

Você encontra os ingredientes da calda bordalesa e da calda de fumo em lojas de jardinagem, ferragens e agropecuárias. Estas são as receitas clássicas, utilizadas na agricultura orgânica, no entanto existem ainda muitas receitas alternativas e naturais para o controle de pragas e doenças, mas estas ficam para o próximo artigo!


Texto: Raquel Patro
http://www.blogger.com

Um comentário:

  1. ...se ódio matasse aqui em casa não sobrava UMINHA sequer...
    Já perdi várias plantas por me descuidar uma semana da inspeção nas folhas.

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