Cattleya Leopoldii X self

Cattleya tigrina A.Rich. (1848).

Pronuncia-se: ti grí na (ex leopóldii)

O nome = (Antiga leopóldii ). Levada para a Europa por uma firma belga e descrita por Lemaire, em 1854, como variedade da Cattleya gutatta Lindley.
Depois recebeu a denominação em homenagem ao rei Leopoldo, da Bélgica, um apaixonado admirador de orquídeas. Foi reclassificada para o nome já descrito em 1848, de tigrina, que é o nome botânico aceito, atualmente, embora muitos orquidófilos ainda o conservem em uso e até a confundam com a Cattleya guttata. Ainda existem controvérsias em relação à nomenclatura, se a planta descrita por A. Richard em 1848 como Cattleya tigrina seria, na verdade, Cattleya guttata. Alguns pesquisadores onsideram a Cattleya leopoldii uma espécie muito próxima da guttata e foi, durante muito tempo, tida como sua variedade.
Assim muitos são os orquidófilos que continuam utilizando o sinônimo leopoldii, não trocam suas etiquetas e são radicais quanto a essa posição.

Origem – No Brasil tanto a tigrina quanto a guttata ocorrem juntas pelo litoral, desde o Rio Grande do Sul (com maior concentração aí e em Santa Catarina) até o sul da Bahia. Há quem afirme tê-las visto vegetando tanto em restingas quanto na mesma árvore em matas. Existem registros de ocorrência de tigrinas até em Pernambuco.

Hábito da planta – Muito semelhante ao da C. guttata, porém com pseudobulbos de até 1 metro, de coloração púrpura assim como seus brotos, e produzem hastes portando maior número de flores. Duas folhas, às vezes 3, de 15 a 20 cm e largas.

Floração - C. tigrina costuma enraizar antes da floração sem período de dormência e floresce, de espata verde, logo após o bulbo crescer. Sua haste floral apresenta uma penca com 10 até 30 flores (e até mais) de 10 a 12 cm, geralmente na cor marrom chocolate com pintas em marrom-terra. O labelo é mais largo e plano na cor púrpura, trilobado e cobrindo a coluna. Em razão da época de sua floração, no final de primavera e no verão, é chamada “Cattleya do Natal” e suas flores, intensamente perfumadas, duram perto de 10 dias. Pico de floração em janeiro, nos estados sulinos.

Luminosidade – Sombreamento máximo de 50%. Narra-se que produz plantas bem menores se cultivadas a sol pleno (de 20 a 30 cm). Com boa adubação e em lugares a meia sombra chegam a mais de 1m de altura.

Adubação – Siga nosso programa das cores, lembrando que ela não apresenta período tão definido de dormência quanto a guttata.

Obs - Devido aos cruzamentos seletivos, ambas florescem mais cedo ou mais tarde. Assim, se confundem quanto à época de florada e na identificação apenas pela cor.

Suas variedades horticulturais – Famosas as suas variedades Albescens “Cetro de Esmeralda” (de labelo branco) e “Dechamps” (pelo maior número de flores por haste). Além da tipo, possui as variedades cerúlea, alba, albescens, albina, flâmea, lilasina, entre outras.
No comércio usam-se, às vezes, denominações como, por exemplo, tipão e leopoldão, leopoldii do sul etc. como se fossem especiais pelo maior número de flores ou pelo tamanho. São apenas argumentações para reforço de venda. O que faz flores de melhor forma, ou de cor especial é, em primeiro lugar, sua genética. Em segundo, o seu bom cultivo, que pode influenciar no tamanho e na quantidade de flores, não em sua forma. Isso vale para todas as orquídeas.

Fique atento na hora da compra, para não pagar mais do que realmente valem, convencido por argumentações vazias.
Compre de pessoas idôneas ou vendo a flor aberta, para avaliar, com certeza. Ainda mais se for planta cara.

Diferenças básicas entre: Cattleya tigrina (=leopoldii) e Cattleya guttata:

Cattleya tigrina (=leopoldii)
- floresce logo após o bulbo crescer
- floresce de espata verde
- labelo mais largo
- geralmente marrom com pintas escuras
- haste com mais flores (10 ou mais)
- floresce na primavera/verão
- flores marrons com pintas (geralmente)

Cattleya Guttata
- descansa após o bulbo crescer
- floresce de espata seca
- labelo mais estreito
- geralmente esverdeada com pintas
- haste com 2 a 4 flores
- floresce após a tigrina: verão/outono
- flores esverdeadas com pintas (em geral)

Prof. René Rocha
ABC do orquidófilo de uma, várias ou muitas orquídeas. (Editora Agronômica Ceres Ltda. Publicado em 17/08/2008. Bienal Internacional do Livro de São Paulo)

http://www.abcdoorquidofilo.vai.la/

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Etimologia
* O gênero Cattleya foi proposto por John Lindley na Collectanea Botanica 7: t. 33, em 1821, com nome em homenagem a William Cattley, orquidófilo inglês, que teve seu nome latinizado para Guglielmus Cattleyus.

Características
* Uma das bifoliadas mais admiradas e no entanto comum, talvez seja seu extremo perfume...

Clima
* Temperada - Com oito meses, no mínimo, em que a média térmica é menor que 20°C, além de diferenças sensíveis de temperatura quanto as quatro estações do ano.

Luminosidade
* 50% sombreamento

Planta/Tamanho
* acima de 50 cm.

Flor/Tamanho
* até 10 cm. diâmetro.

Floração
* Verão

Cor
* Castanho
* Rosa

Haste Floral
* Cacho
* Multifloral

Perfume
* Sim
* Forte

Duração floração
* Até 30 dias.

Vaso
* Barro
* Caixeta
* Pote Plástico

Substrato
* Chips de Coco
* Sphagnum
* Substrato Misto (Fibra de coco, pínus e carvão)

Umidade/Regas
* Relativa - Plantas com necessidades de maior umidade ambiente e substrato levemente úmido.

Cultivo
* Pouca experiência