Essa é tortinha, nesta floração ela abortou um botão, e ao abrir ela até ficou legal nos primeiros 5 dias, mas depois jogou as pétalas para frente e as sépalas um pouco para trás.
Floração: Julho/13
Estávamos na expectativa na abertura de seus botões, pois na floração anterior as flores vieram com boa forma e estamos expondo, mas devido a uma falha nas pétalas isso não foi possível, mas ela é muito bonita .
Floração: Junho/12
Após muita expectativa, mas já sabendo que a probabilidade de sair algo diferente que não a tipo, eis que ela nos presenteia com uma excelente chance de participar de exposições em sua forma, cor... .
Adquirida do Orquidário Tropical, com um cultivo de um ano, ela apresenta sua primeira floração.
Espero que os amigos a apreciem.
Abaixo da fotos uma história sobre o cruzamento desta planta.
Cattleya walkeriana variedade Alba “Equilab”
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Início a história de como surgiu a Cattleya walkeriana var. Alba “EQUILAB”, prestando uma homenagem a Noburo Susuki, um dos primeiros cultivadores de orquídeas no ramo profissional. Por longo tempo contribuiu no aprimoramento de espécies e híbridos. Pouco comunicativo, ao fazer uma amizade transformas-se por completo. Mantinha boa conversa e contando as suas passagens, conseguia arrancarem gargalhadas de seus interlocutores. Considero-me ter sido uma de suas grandes amizades.
Voltando a história da Cattleya walkeriana Alba “Equilab”, esclareço ter sido com Suzuki, que esta história teve início. Num bate papo, ele me informa que faria numa viagem aos Estados Unidos. Lá adquire da firma Jones Scully, Inc. Miami, Florida, boa quantidade de plantas. Entre elas algumas mudas de Cattleya walkeriana var.Alba “Orchidglade”,obtidas de auto-fecundação.
Regressando de sua viagem, ofereceu-me uma muda, e ao fazer a aquisição,
solicitei lhe que fosse plantada em uma casca de peroba.
Esta planta chega as minhas mãos durante a realização da exposição de Uberaba em 1.978. Dois anos depois a primeira floração. Flor espetacular, de bom tamanho e excelente forma.
Depois da floração, viajo para Jundiaí, para visitar os meus filhos residentes na cidade. Levei uma sofrível fotografia da planta florida. Sou um péssimo fotografo reconheço.
Como de costume, visitei o meu prezado amigo Orestes Loboda, mostrando-lhe a foto. De imediato recebo o pedido para o primeiro corte. A ele cedi a muda, tão logo foi possível. Mestre no cultivo der walkerianas, sua planta desenvolveu rapidamente, não demorando a oferecer exuberante floração.
Recebendo a visita do Manarini, nosso amigo comum, convidado para conhecer esta planta, dele recebeu um pedido. O empréstimo da planta para que pudesse meristema-la. Por delicadeza, o Loboda solicita o meu consentimento, para de que o Manarini pudesse efetuar o seu desejo, com o que concordei.
Procedida a meristemagem, com as mudas chegando ao ponto, de serem comercializadas, Manarini, solicita ao Loboda permitir dar a elas o epíteto cultivar “Equilab”. O Loboda informa a ele que o seu pedido deveria ser feito de quem recebera a planta. Consultado informei que o Suzuki é quem deveria dar a palavra final. Ele também concordou, sem opor objeção.
Da lista de preços, de número um da Equilab, consta sob o no número l35, a Cattleya walkeriana var. alba Equilab, cotada ao preço de l3,50, (moeda da época), mas a partir de junho de l.983. A venda desta planta só voltou a ser anunciado no catálogo número cinco, de maio de l.886, ao preço der l.000,00 (moeda da época).
Esta é a historia desta excelente planta que hoje enriquece coleções e, no período de floração das walkerianas, as exposições onde elas são expostas.
Fonte:http://marioarrudamendes.blog.terra.com.br/
Imagem de : Alexandre Sathler para fins ilustrativos.
Fonte da imagem: http://www.flickr.com/photos/54809740@N04/6085953295/
Cattleya walkeriana var. caerulea “Patricia” por Heitor Gloeden
sexta-feira, 5 de março de 2010
Boletim SPO – n .9, de l6-3-83 – Heitor Gloeden
The Orchid Digest – vol.48, n.4, Julho-Agosto – 1984.
Tradução Denis Duveen
Association od Cattleya walkeriana, Japan – 2002-2003, n .3 – Tradução Denis Duveen
Jóia da Bruxa – Heitor Gloeden – fls.146
Há muitos anos atrás, mais ou menos em l.960, o Mário Arruda Mendes, então fiscal da Fazenda Estadual de Minas Gerais, numa inspeção que fazia à Coletoria Estadual de Campina Verde, em uma sexta-feira à tarde, no final do expediente, combinou com o coletor, Jerônimo Nunes, uma caçada de bicudos para o dia seguinte, sábado. Corria o mês de junho.
A intenção do Mário não era a caçada, mas, sim coletar walkerianas, que ainda estavam em flor, na sua maioria.
Como haviam combinado, seguiram para a Fazenda do Didi, localizada entre as cidades de Prata e Campina Verde, onde, diga-se de passagem, Mário Arruda não encontrou nenhuma planta que lhe agradasse, apenas algumas bastante escuras, mas pouco expressivas.
Ainda na Coletoria, o escrivão Roboam Faria, em conversa sobre orquídeas, informou que sua irmã tinha uma não muito branca, mas muito bonita, que havia ganhado de uma amiga chamada Da.Marica, cuja planta era muito grande. No mesmo dia foram até a casa de Roboam e com surpresa constataram tratar-se de uma Cattleya walkeriana de labelo azulado e de boa conformação.
Essa planta havia sido colhida de um tronco, um galho de árvore na fazenda do Didi, que, sabendo que Da. Marica gostava muito de orquídeas, trouxe-a de presente, com um número bem grande de flores abertas. Isto mais ou menos, dois anos antes, ou seja, por volta de 1.958. A muda que a irmã de Roboam tinha era um pedaço dessa planta. Infelizmente, ela não quis ceder nem ao menos um cortinho, dizendo que como havia sido um presente de Da. Marica e sendo esta senhora bastante “esquisita”, receiava que ela se magoasse, apesar de serem muito amigas.
Na mesma hora, o coletor Jerônimo se prontificou a levar o Mário até a casa de Da. Marica, sabendo de quanto ele desejava um corte desta coerulea, variedade tão procurada por todos os orquidófilos, principalmente os de Uberaba, que têm pelas walkerianas um pendor todo especial.
Em casa de Da. Marica, uma triste surpresa: a enorme touceira, amarrada a um mourão utilizado como esteio de varal de roupas, no quintal da casa, estava completamente seca, queimada pelo escaldante sol do interior mineiro. Que pena!
Num bate-papo na cidade (estavam em Campina Verde), o coletor sugeriu que fossem novamente até a fazenda, visto ser o fazendeiro muito amigo não só do Jerônimo, mas agora do Mário.Enquanto ele estivesse caçando bicudos, Mário Arruda e o fazendeiro poderiam subir a serra, mais ou menos a 2 km. da sede, afim de conseguir outro pedaço da planta que tivesse ficado na árvore, lá na mata.
Não poderia ser melhor a acolhida que tiveram lá na fazenda. Após um gostoso cafezinho e longo bate-papo, o Mário e o Didi subiram a serra, enquanto o Jerônimo ficava no brejo, caçando bicudos. O Didi disse que acompanharia o Mário, não só para mostrar o local, mas para o Mário se certificar que a arvore tinha sido cortada. Mário Arruda, como
bom mineiro, queria ver “in-loco” onde a planta fora colhida, bem como acreditava na possibilidade de encontrar outras árvores com plantas.
Lá chegando, observaram que a árvore fora realmente cortada, no seu terço superior, mas junto a ela havia outra, tortuosa (ambas baixas). Um dos galhos dessa outra cruzou por baixo da árvore cortada, formando uma espécie de concha ou canoa, esta curvatura coberta de mudinhas, mais ou menos umas 1.000 plantas!
Mário Arruda colheu as maiores, na suposição de que algumas seriam variedades. Em casa contou: 52 mudinhas. As menores (que eram muitas) ficaram lá, pois na eventualidade de sair alguma boa planta, ele evidentemente para lá voltaria, quando elas já estariam bem maiores e talvez até florindo.
Quatro anos depois, na primeira floração, uma agradável surpresa: uma coerulea espetacular. Mário Arruda exultou. Não teve duvidas, voltou ao local acompanhado de seu amigo de pescarias, Luizinho Batistucci, e o coletor Jerônimo. Mas, na fazenda, tristes notícias: o Didi havia falecido, a fazenda vendida, o pasto vedado ao gado. Outra notícia ai nda pior: há uns meses atrás o fogo queimara todas as pastagens. Das centenas de mudinhas, só restava carvão.
Mário confessa entristecido seu arrependimento por não ter trazido nas costas aquela árvore com tão preciosas plantinhas, testemunhas das 52 que trouxera, onde floriram duas coeruleas e mais seis outras diferentes, entre elas: rosa, lilacina, e uma semi-alba, que foi chamada de “Campina Verde”, além de outras comuns na cor, mas de boa forma.
Nesse decorrer do tempo, a filha do Mário Arruda, Lúcia Hermínia, casa-se com o médico Dr.Paulo Afonso e muda-se para Jundiaí. Nas visitas que fazia a sua filha, depois, ele via numa casa muitas orquídeas floridas, mas como bom provinciano, tinha receio de tentar conhecer os donos dessas plantas. Em determinada ocasião, passando mais uma vez por essa rua, notou que a casa estava sendo demolida. Uma vizinha (Da. Nina), disse que conhecia o proprietário da casa, um senhor chamado Orestes Loboda, prontificando-se a levar o Mário até a chácara dele, na estrada Jundiaí-Itu.
Como não poderia deixar de ser, o Loboda, com seu trato lhano e sempre cortês, gostou demais do Mário Arruda, ainda mais sendo os dois amantes das orquídeas. Tornaram-se grandes amigos, somos testemunhas disso. Já nesta primeira visita o Loboda presenteou o Mário com 13 plantas, produtos de sua cultura, cruzamentos das plantas selecionadas de sua magnífica coleção. Mas, daquelas plantas presenteadas, 2 foram esquecidas lá na chácara, tendo o Mário que voltar para apanhá-las. As constantes visitas que faz lá em Jundiaí cimentaram ainda mais sua amizade com o Loboda.
Num dos freqüentes bate-papos entre os dois, o Loboda, sabendo que o Mário tinha uma coleção de walkerianas extraordinária , manifestou desejo de arranjar uma cerúlea, tendo o Mário se prontificado a ceder um corte de sua mudinha coletada na fazenda do Didi que florira cerúlea. Com o bom cultivo do Loboda, a planta floriu no ano seguinte, tendo sido batizada, pelo Loboda, de “Mário Arruda Mendes”.
Passado algum tempo, nasceu á netinha de Orestes Loboda e ele todo feliz e contente desejava, como todo orquidófilo, por o nome de sua netinha em alguma planta, mas para isso, tinha de ser uma planta de categoria. Pediu, então, permissão ao Mário para trocar o nome dado àquela cerúlea. Evidente que o mineiro de Uberaba deu seu consentimento, sentindo-se lisonjeado em saber o quanto esta extraordinária planta estava sendo considerada.
Engraçado, eu também me sinto feliz em poder escrever sobre dois amigos que considero e respeito, unindo-os com seus familiares e suas orquídeas, surgindo daí o nome da mais extraordinária das walkeriana var.caerulea, que é a “Patrícia”.
Mário Arruda Mendes
Heitor anota dados para historiar. Ao lado, admirando cachos de Jade na entrada no viveiro.
Imagem de: Marco Antonio Volpi para fins ilustrativos.
Fonte: http://www.flogao.com.br/volpi/111111000
Histórias sobre as plantas retiradas do Blog: http://marioarrudamendes.blog.terra.com.br/











história muito interessante,eu sou amante das walkerianas,apesar de ter poucas,mas pelo texto pude imaginar cada pedacinho que passa na historia,imaginei tudo como se estivesse la também....
ResponderExcluirOlá, boa tarde wedsmar fernandes.
ExcluirObrigado pela visita ao blog.
Também tenho poucas walkerianas, mas como todas são inebriantes, tanto no cheiro como nas cores, e de vez em quando umas historias para acompanhar.
Grande abraço.