Acabando de florir, transplantado para um vaso de cerâmica, um novo bulbo surgiu e veio com sua nova apresentação.
Mais um sonho realizado, adquirido na exposição de Marilía/SP, acabou de florir, dois bulbos apenas e sua primeira floração.
A orquídea Bulbophyllum medusae(leia-se “bulbofílum meduse”) ouCirrhopetalum medusae sempre foi meu sonho de consumo como orquidófilo colecionador! Um dia consegui comprar via internet uma excelente muda do Orquidário Quatro Estações, presenteado-me desde então com belas florações. É uma orquídea de flor delicada, labelo com mácula amarela, cujas sépalas transformam-se em longos fios de cor quase alba, parecido mesmo com cabelos humanos. Mas vamos às razões que o taxonomista nominou-a como “Medusa”. Diz a lenda grega que Perseu, filho de Júpiter e Dânae, foi abandonado à propria sorte num baú lançado ao mar por ordens do avô Acrísio, receoso com a premonição de um oráculo de que seria morto pelo neto. Encontrado depois na localidade de Séfiro por um pescador, foi apresentado ao rei Polidectes, que o criou. Quando adulto recebeu a incumbência de matar o demônio do mar:
MEDUSA, um monstro horrendo (górgona), de aspecto assustador com dentes de javalí e cabelos de serpente e que não podia ser encarado por ninguém, os que o fizessem, fossem pessoas ou animais, transformar-se-iam em pedras. Medusa teria sido uma linda moça cujos cabelos era o que tinha de mais precioso e ao competir com a deusa Minerva, por ela foi castigada, transformando suas melenas em serpentes sibilantes. Auxiliado por Minerva, que lhe emprestou seu escudo, e Mercurio, que lhe arranjou sapatos alados, Perseu foi até a gruta onde MEDUSA morava, deparando com seres petrificados na entrada, e sem que ela percebesse sua chegada “voando” com os sapatos alados de Mercúrio, sem encará-la e guiando-se apenas pelo reflexo no escudo polido que refletia a imagem do monstro que dormia conseguiu decepar sua cabeça de cabelos de serpente, entregando-a para Minerva, que fixou o troféu no meio de seu escudo. Mitologia grega…gosto disso! Voltemos agora a planta Bulbophyllum medusae (Lindl.) Reichb.f., que herdou seu nome em razão da lenda. É originária da Tailândia, Borneo e Filipinas; sendo epífita, deve ser cultivada em vasos abertos e direcionando seus pseudobulbos de forma que não se cruzem, evitando quando da floração o entrelaçamento dos longos e delicados fios formados pelas longas sépalas laterais com mais de 20 cm de comprimento. Uma vez florida deve-se evitar correntes de ar que podem embaraçar esses “cabelos”. Boa luminosidade, clima tropical são fatores que influem no bom cultivar da planta. Bem cuidada floresce mais de uma vez ao ano, o que ocorre entre os meses de março e setembro.
CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA:
Gênero: Bulbophyllum Thouars. Atualmente reclassificada no gênero Cirrhopetalum; Espécie:Bulbophyllum medusae (Lindl.) Reichb.f. – reclassificada tornou-se Cirrhopetalum medusae – dessa forma são sinônimas e ambos os nomes são válidos, mas prevalece este último. Tribo: Epidendreae. Subtribo: Bulbophyllinae. Etimologia: do grego, “bolbos“, bulbo; “phyllon“, folha. Acredita-se que o gênero Bulbophyllum abranja em torno de 1.000 a 1.200 espécies (nossa B. medusae é uma delas), vegetando em florestas tropicais, do sudeste da Asia, particularmente da Nova Guiné.




Valéria e Rinaldo, parabéns!! Com certeza, o sonho de consumo de todo orquidófilo. As fotos ficaram ótimas, adorei! Abraços!
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